Como anda (de verdade) o setor público de saúde brasileiro?
Não é de hoje que ouvimos falar que o setor público de saúde brasileiro passa por sérios problemas. É só ligar a TV, abrir o jornal ou entrar na internet pra ver alguma notícia falando sobre as filas enormes nos hospitais, falta de dinheiro para comprar remédios e precariedade nas instalações e equipamentos utilizados.
Na teoria, o Sistema Único de Saúde brasileiro tem tudo pra ser um dos melhores do mundo. No entanto, a má gestão pública fez com que ele não se sustentasse e colocasse em risco toda a população que depende dele.
A seguir, vamos entender um pouco mais sobre o que é o SUS, como ele se sustenta e quais os desafios enfrentados para manter ele funcionando.
O que é o Sistema Único de Saúde (SUS)?
Antes da Constituição Federal de 1988, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores ligados à Previdência Social. Eram aproximadamente 30 milhões de pessoas que podiam receber o atendimento do SUS. O restante ficava a cargo de entidades filantrópicas ou hospitais particulares.
Após a CF-88, ficou garantido na constituição que a “Saúde é direito de todos e dever do Estado”. Dessa forma, surge o Sistema Único de Saúde, com o objetivo de atender a toda a população, sem discriminação, desde a gestação e por toda a vida com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
O SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, fazendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
A rede que compõe o SUS é bem ampla e abrange a atenção básica, média e de alta complexidade, os serviços de urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e também a assistência farmacêutica.
A gestão das ações e serviços de saúde prestados à população é feita solidária e participativamente entre os três entes da federação: União, Estados e municípios.
Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)
Segundo o Ministério da Saúde, estes são os princípios norteadores do SUS:
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.
Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, elas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
Os graves problemas do Sistema Público de Saúde brasileiro
Em teoria, o SUS é praticamente perfeito: deve atender a toda a população, sem distinção, apresentando um serviço de qualidade. Porém a realidade é bem diferente. Mas a explicação é simples: o governo repassa em torno de R$ 100 bilhões por ano para atender a uma população de 150 milhões de pessoas, custeando toda a operação deste sistema colossal. Enquanto isso, o sistema privado gasta uma vez e meia a mais do que o governo para o atendimento de 50 milhões. Não é à toa que vemos a diferença entre sistema público e privado.
Além disso, apenas 3,6% do orçamento do governo federal foi destinado à saúde em 2018. O percentual fica bem abaixo da média mundial, de 11,7%, de acordo com a OMS. No continente africano, por exemplo, essa taxa é de 9,9%, nas Américas 13,6% e na Europa 13,2%. Na Suíça, essa proporção é de 22%. Ou seja: estamos investindo pouco e investindo muito mal!
A Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, aponta que o gasto com saúde no Brasil é de 4 a 7 vezes menor do que o de países com sistema universal de saúde, como Reino Unido e França, e inferior ao de países da América do Sul em que saúde não é um direito universal, casos da Argentina e Chile.
Seguro Saúde: Sua melhor alternativa
Por fim, podemos concluir que depender apenas do sistema criado e gerenciado pelo governo é contar com a sorte.
Não é à toa que, nos últimos anos, houve um grande aumento na procura pelos planos de saúde. Eles se tornam uma das melhores opções para quem quer garantir um atendimento mais eficiente e seguro, que possa promover uma real proteção à saúde do segurado e de sua família.
Ao contratar um Seguro Saúde, o segurado conta com uma rede de profissionais qualificados, geralmente ligados ao sistema de saúde privado, contando com equipamentos e materiais de qualidade. É possível também escolher os planos que mais se encaixam em suas necessidades, com um custo-benefício maior para você e sua família.
Portanto, em vez de contar apenas com a sorte e depender exclusivamente do Sistema Único de Saúde, avalie as possibilidades de contratação de um Seguro Saúde para você e sua família. Se tiver qualquer dúvida, fale com a gente. Nós podemos te ajudar, tirar todas as suas dúvidas e garantir segurança e saúde para aqueles que você ama.